Com a desmobilização dos caminhoneiros nas rodovias, o Governo Federal anunciou que o litro do diesel deveria estar R$ 0,46 mais barato a partir desta sexta (1º). No entanto consumidores continuam em busca de preços baixos e afirmam que a redução ainda não chegou nos postos de combustíveis no Pará.
O ministro da Defesa Civil, Eliseu Padilha, havia dito que a redução deveria atingir todos os postos do país. Segundo ele, “o governo abriu mão no que era a sua carga tributária no valor do diesel para que esse valor chegue em benefício do consumidor”.
A medida veio logo após a greve dos caminhoneiros que durou dez dias, reivindicando inclusive a redução no valor do combustível.
Em Belém, houve certa mudança no preço. Em um posto no bairro do Tapanã, foi registrada uma redução de R$0,31 no diesel, que custava R$3,90 e foi encontrado nesta sexta (1) por R$3,599.
Já em posto de combustível na av. Augusto Montenegro, a bomba do diesel estava vazia, porque de acordo com o dono do estabelecimento não tem como ofertar o desconto ao consumidor.
Em Paragominas e Marabá, no sudeste do estado, consumidores disseram que continua o mesmo preço praticado antes da decisão e esperam que até segunda-feira (4) comecem a perceber a queda dos preços.
Em Redenção, no sul do Pará, o valor também não baixou nas bombas. O litro continua sendo vendido a R$3,95.
Já em Parauapebas, o litro do diesel está ainda mais caro. O valor vai de R$4,15 a R$4,28.
Motoristas disseram que acabam não pesquisando para confirmar se a redução é praticada, já que são muitos postos e preços variados.
Donos de postos disseram que ainda aguardam resposta da Petrobras sobre quanto será o abatimento no valor do litro do combustível.
Redução é falha, aponta sindicato
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindicombustiveis), “a redução não é possível pelo menos agora e não traz qualquer garantia efetiva que o desconto chegue até o consumidor”.
Para o assessor jurídico do sindicato, Pietro Gasparetto, o anúncio do ministro Padrilha “se deu totalmente de forma leviana e imprudente, pois ele está repassando aos postos a responsabilidade a partir de um mero pronunciamento”. Padilha disse ainda que a medida foi gerada “nitidamente por um clamor social numa tentativa de reduzir confrontos durante a greve dos caminhoneiros”. (G1)




