Os policiais Cleiber Levy Gonçalves Brasilino e João Luiz Andrade da Silva vão responder por tentativa de homicídio contra o delegado da Polícia Civil Marivan da Silva Souza. Isso porque a Justiça aceitou a denúncia contra eles e determinou a afastamento dos dois de qualquer atividade externa da Polícia Militar.
Em relação aos outros dois policiais Thiago Mariano Duarte Peres e Frederico Ribeiro dos Santos, a Justiça decidiu rejeitar a denúncia contra eles. Segundo o juiz Fábio Costa Gonzaga, responsável pelo caso, os dois não efetuaram disparos contra o delegado e por isso não devem responder pela acusação.
O caso aconteceu no dia 28 de outubro, no momento que os militares procuravam assaltantes de um carro-forte, em Guarai. Eles começaram a perseguir um veículo, que consideravam suspeito, e efetuaram quatro disparos, na avenida principal de Guaraí. O delegado foi atingido e perdeu parte da orelha.
Na decisão, o juiz ordena o afastamento dos dois policiais denunciados de quaisquer atividades externas da unidade policial onde estão lotados. Caso a decisão seja descumprida, o superior hierárquico pode ser multado em R$ 5 mil. Se houver descumprimento por parte dos policiais, eles terão a prisão decretada.
Agora, os policiais denunciados vão ser chamados para apresentar defesa. O advogado do soldado João Luiz, Indiano Soares, disse que vai apresentar defesa para que o juiz não receba a denúncia contra o cliente dele, já que ele entende que a Justiça Criminal de Guaraí não é competente para apreciar o caso. Em relação ao afastamento dos dois militares, o advogado lamentou. “A sociedade cobra por mais segurança e tirando eles da rua há um reflexo, já que se tratam de dois policiais altamente preparados”.
A Polícia Militar informa que no estado democrático de direito cabe às instituições cumprirem as decisões do Poder Judiciário. Ressalta ainda que os profissionais já estavam exercendo apenas atividades administrativas. (G1)




