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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Trabalhadores que viviam em curral são resgatados de fazenda em Arapoema

LIBERDADE

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Uma ação do Ministério do Trabalho resgatou sete pessoas que trabalhavam em situação análoga à escravidão em uma fazenda em Arapoema, norte do Tocantins. Em dois anos de trabalho, quatro dos trabalhadores teriam recebido um único pagamento de R$ 1,7 mil. Além disso, eles viviam em um curral. Inclusive um bebê de 1 ano e 3 meses.

A operação começou no dia 28 de março após denúncias de que trabalhadores estavam alojados em um curral, sem banheiro, água potável e salários. Foram resgatados um idoso de 69 anos e a mulher, que trabalhavam no local há dois anos. O neto deles, a companheira dele e o bebê. Eles conviviam com ratos, sapos, morcegos e insetos.

O idoso informou que pela proposta de trabalho receberia por produção, fazendo tarefas como reparo de cercas e cuidados com o gado. Porém, em dois anos de trabalho recebeu apenas um pagamento de R$ 1,7 mil pelo serviço de todos. Também foram resgatados dois adolescentes de 16 e 17 anos.

Para manter os trabalhadores, segundo o Ministério, a fazenda aplicava o sistema de endividamento. Isso quer dizer que os mantimentos e ferramentas eram comprados do proprietário da fazenda. Assim, quando o trabalhador era chamado para receber acabava tendo descontado as despesas.

Conforme uma das vítimas, o gerente da fazenda informava que as despesas eram maiores do que o salário devido. Por causa disso eles eram obrigados a continua trabalhando para quitar a dívida. “Não consigo me lembrar da última vez que recebi algum dinheiro do patrão. Jamais imaginei sair dessa situação. Achava que minha vida tinha acabado aqui”, disse uma das vítimas.

O grupo foi resgatado e levado para a casa de parentes em Arapoema. O dono da fazenda não foi localizado, mas deve ser intimado para prestar depoimento. O Ministério Público disse que vai pedir o bloqueio de bens do homem e fazer uma denúncia criminal por imposição de trabalho escravo.

Se condenado, ele pode pagar multa e ainda pegar de dois a oito anos de prisão ou mais porque o crime envolve menores de idade. O homem também deve ser multado pelo próprio Ministério do Trabalho.

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