Moradores apontaram melhorias com a presença de policiamento ostensivo nas ruas de Palmas. Em visita por alguns pontos da Capital, o Jornal do Tocantins ouviu nove moradores, dentre os quais sete destacaram ter notado uma presença maior de policiais militares nas avenidas.
O comandante-geral da Polícia Militar no Tocantins, coronel Marielton Francisco dos Santos, explicou que a intensificação do policiamento ostensivo com uma presença maior de policiais nas ruas está entre uma das metas de sua gestão à frente da corporação, juntamente, com o fortalecimento do policiamento nas fronteiras e o combate ao tráfico de drogas. Ele justificou que está fazendo uso do quadro operacional e do administrativo para viabilizar suas metas.
De acordo com o balanço das ocorrências registradas pelo Sistema Integrado de Operações (Siop), na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, a satisfação da população é justificada, pois ocorreu uma redução na quantidade de alguns tipos de atos ilícitos cometidos.Os furtos de veículos reduziram 75% (de 8 para 2), os furtos no comércio apresentaram queda de 27,5% (de 40 para 29) e o número de homicídio diminuiu de 6 para 2 – 66,67%.Além disso, ainda conforme os dados da Coordenação de Análise da Informação e Estatística do Siop, a repreensão ao crime na Capital melhorou, em especial nas apreensões de drogas que subiram de 2 em janeiro de 2010 e saltaram para 11 em janeiro deste ano, um aumento de 450%.Única estatística negativa foi referente aos registro de furtos em residência, que subiram de 2 em janeiro de 2010 para 7 no mesmo mês deste ano – elevação de 250%.TrânsitoNo trânsito também houve redução no número de ocorrências. A quantidade de acidentes com vítimas de lesão reduziu de 171 em janeiro de 2010 para 116 no mesmo mês deste ano – queda de 32,16%. Os acidentes com vítimas fatais diminuíram de 5 para 1, ou seja, 80% de queda.
PopulaçãoA comerciante Maria da Graça Lopes de Souza, de 28 anos, elogiou a presença da Polícia Militar (PM) nas ruas, com destaque para a realização das blitze. “Espero que essas ações continuem por mais tempo, e que não seja só agora no começo do ano. Fica menos perigoso com a polícia nas ruas”, disse a comerciante, que também declarou ter notado uma redução na quantidade de acidentes e assaltos na quadra 302 Norte, onde ela mora.
A gerente de uma loja de peças para motocicletas Luciene Teixeira, 37 anos, afirmou ter notado uma presença maior de policiais na região Norte, principalmente, na 305 Norte, a quadra na qual trabalha. “Até na questão das vendas notei diferenças. Os motociclistas estão comprando mais equipamento para se precaver diante na fiscalização mais presente”, disse a gerente, que pontuou ainda que alguns aspectos melhoraram, pois a sensação de segurança é maior com a circulação da policiais nas ruas. Contudo, ela disse que ainda é preciso mais ações, pois os acidentes de trânsito ainda são muito frequentes.
O terapeuta e escritor João Peregrino Soares Abreu, 63 anos, apontou o fato de as pessoas se sentirem mais seguras como o maior benefício da presença da PM nas ruas. “Independente de qualquer coisa, psicologicamente, as pessoas se sentem mais seguras, além do mais isso inibe a atuação de pessoas que queiram praticar alguma ação ilícita”, disse Abreu que acrescentou que “é bom ver que a PM está trabalhando nas ruas”. Mas para o terapeuta ressaltou ser importante que as ações de fiscalização sejam descentralizadas, pois, para ele, é preciso atingir todos os pontos da Capital. Ele mora na 604 Sul.
O vigia Renato Moreira, 24 anos, morador da região Sul de Palmas, afirmou que apesar de morar há pouco mais de um ano notou uma mudança do ano passado para este. Ele destacou que é visível que a polícia está mais presente nas ruas e que isso é um fator positivo. A aposentada Antolina Anjos de Oliveira, 58 anos, e a funcionária pública Hellen Cristine Aguiar Santos, 20 anos, também definiram como uma melhoria a PM estar circulando mais nas ruas da Capital. A vendedora Valda Lima Guimarães, 48 anos, pontuou que com a polícia por perto é mais fácil conseguir ajuda, caso essa se faça necessária.
Cobrança
Já a professora de inglês Emanuelle Striquer, 22 anos, e a enfermeira Cladis Teresinha Bernardi, 44 anos, pontuaram que não notaram um aumento do policiamento nas ruas, nem na região em que trabalham nem onde residem. Para elas é necessário que a polícia esteja mais presente e mais próxima da população. Emanuelle mora na 404 Norte e a Cladis na 604 Sul. (Jornal do Tocantins)




