Os empresários Erlon Marcelo Lima Vieira e José Maria Batista, conhecido como Jota, estão presos em Palmas. Os dois foram alvos da terceira fase da operação Ápia, da Polícia Federal. Vieira foi preso na terça-feira em Goiânia e transferido ontem para a Capital. Já Batista, teria se apresentado na tarde de ontem na PF em Palmas. Ele foi procurado pela polícia na terça-feira, mas não foi encontrado.
Os dois foram presos pela operação Ápia, onde são apontados como operadores de um esquema de corrupção em nome de Alvicto Nogueira, o Kaká, também investigado. Na terça-feira, a PF também prendeu, em Palmas, Alexandre Ubaldo, ex-secretário estadual de Infraestrutura (Seinfra), e Renan Bezerra de Melo Pereira, ex-superintendente da (Seinfra) e filho do procurador-geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira. Vieira, Ubaldo e Pereira estão presos na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas. Batista seria ex-militar e estaria preso no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, mas a informação não foi confirmada.
Os três presos na CPP de Palmas estariam em uma cela comum, juntos com outros presos inclusive. A Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça foi procurada pela reportagem para informar as condições dos três presos na CPP, se estão tendo algum tratamento diferenciado, mas não houve retorno até o início da noite, de ontem.
Os quatro tiveram mandados de prisão temporária concedidos pelo desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) Olindo Menezes e todos deverão permanecer presos por cinco dias, caso não tenham a prisão prorrogada.
A PF também fez busca e apreensão na terça-feira nas empresas ETP Construtora Ltda e Chagas e Lima Ltda em busca de documentos, agendas, mídias e computadores. Os endereços das empresas não foram divulgados e não consta na decisão.
A Polícia Federal, junto com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU), investiga um esquema de desvio de recursos na Secretaria Estadual de Infraestrutura e Agência de Transportes e Obras no valor de R$ 842,9 milhões nos anos de 2013 e 2014. A operação Ápia foi deflagrada em outubro do ano passado, quando prendeu o ex-governador do Estado Sandoval Cardoso e conduziu o ex-governador Siqueira Campos, por meio de mandado de condução coercitiva, à sede em Palmas para prestar esclarecimentos.
Em outubro também foram presos proprietários de cinco construtoras, que atuaram nas obras investigadas. (Jornal do Tocantins)
