Enquanto em Imperatriz os principais grupos políticos estão ainda na fase de namoro, objetivando a formação das alianças que fortalecerão os candidatos a prefeito, nos outros municípios da região tocantina esquenta a disputa entre as várias lideranças que pretendem a todo custo manter ou retornar ao poder. É claro que esta disputa precisará muito do aval dos eleitores, estes, sim, os principais interessados e alvos dos que sonham em ser prefeito daqui a dois anos.
Com um eleitorado próximo dos seiscentos mil, a região tocantina ocupa lugar de destaque eleitoralmente, mas engatinha quando o assunto é lutar por posições no estado. Uma representação fraca na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa acomoda-se em brigar por segundo suplente de senador, ocupar diretorias sem expressão na Famem, entidade que representa os prefeitos e distante de indicar nomes para as composições dos principais grupos políticos na disputa pelo governo do estado.
Juntas, Imperatriz, Açailândia, Porto Franco e Estreito representam mais de 50% dos votos da região, no entanto as principais lideranças não buscam o entendimento e ficam isoladas. Na eleição passada, foi eleito apenas um deputado federal, Hélio Santos (Açailândia), e um suplente, Davi Silva Júnior, e os deputados estaduais Antonio Pereira, Léo Cunha, Dr. Pádua, Carlinhos Amorim e Valéria Macedo, que juntos somaram pouco mais de 60 mil votos, ou o eleitorado de Açailândia. É muito pouco para quem deseja independência política. O restante dos votos foi dividido com os candidatos de outras regiões.
Com votos de Imperatriz, apenas Carlinhos Amorim teria sido eleito. Os outros tiveram que recorrer a votação nos outros municípios.
Com 24 municípios filiados, a Associação dos Municípios da Região Tocantina não tem manifestado uma imposição maior quando o assunto é relacionado aos prefeitos ou municípios. Agora mesmo, na eleição da Federação das Associações dos Municípios, a disputa ficou entre os prefeitos de Itapecuru, Júnior Marreca, e de São João dos Patos, Zé Mário.
Os prefeitos da região não procuraram uma união visando exigir cargos nas diretorias das duas chapas registradas ontem. Com isso, a atual presidente da AMRT, Vete Botelho, o prefeito de Sítio Novo, Carlos Jansen; o de Cidelândia, José Carlos; de São Pedro, Vanderlúcio; de Lajeado, Raimundo Milhomem, e de Estreito, Zequinha Coelho, ficaram em diretorias sem nenhuma expressão, quando poderiam lutar por indicação de vice ou representação em Brasília.
Com a divisão, nem mesmo na formação do secretariado estadual há força para solicitar a presença mais firme da região no secretariado.
A eleição municipal de 2012 poderá representar uma nova conjuntura política na região. Isto porque muito dos pretendentes são políticos jovens e que, além de vitória no pleito, pretendem se fortalecer objetivando a eleição estadual. Daí os principais motivos e embate que se registra nos principais grupos políticos das cidades que compõem a região tocantina. (Willian Marinho – O Progresso)




