O preço do óleo diesel aumentou no Pará. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo, Gás Natual e Biocombustível do Estado (Sindcombustíveis), Alyrio Duarte, alta do preço deve oscilar entre 3,5% e 6%; o que representa até seis centavos de real a mais nas bombas da rede paraense de postos de combustível. O litro do óleo antes do aumento era R$ 2,19 e agora está R$ 2,23, em média. O Pará foi o Estado mais penalizado com a alta do preço, pois no Brasil, a média da subida foi de apenas três centavos por litro. Os preços do álcool e da gasolina continuam os mesmos.
O aumento é justificado pelo controle de estoque do biodiesel mantido pela Petrobras, que compra por meio de leilão, a produção das usinas espalhadas pelo país. O produto é adicionado em percentuais de 5% ao óleo diesel, gerando uma cadeia comercial que envolve a produção, compra, venda e distribuição. Do Pará, a produção de biodiesel é comprada da Agropalma, localizada na região do Moju.
O presidente do Sindcombustível criticou ontem a atitude da Petrobras, que segundo analistas de mercado, teria lucrado R$ 0,17 em cada litro de biodiesel comercializado no País. Segundo Duarte, os empresários do setor estão se reunindo na sede da Federação Nacional de Combustível, no Rio, para pressionar o Governo Federal a dar uma explicação sobre o fato de só a Petrobras poder comprar o biodiesel e depois repassar o produto com preço mais caro. “Isso força as distribuidoras a repassarem o custo para o preço final do produto”, explica o Duarte. A prática do aumento do biodiesel já se repete há três anos, quando o produto passou a ser misturado ao diesel comum. “Existe uma legislação especifica para realização desse leilão, mas nós queremos mais explicações”, completou Duarte. (O Liberal)




