O governo mal começou e Simão Jatene já entra em 2011 tendo pouco crédito dos servidores de educação e de saúde do Estado. Os dois maiores grupos da Intersindical, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará (Sindsaúde) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará (Sintepp), prometem que tentarão o diálogo a todo custo com a nova gestão, mas afirmam não ter grandes expectativas, levando em consideração o relacionamento com as gestões tucanas anteriores. A Associação dos Concursados do Estado do Pará segue mais ou menos pelo mesmo caminho, mas uma reunião já agendada com o chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho, parece ter reacendido a esperança de uma relação amistosa entre ambas as partes.
“Já temos uma experiência com o governo anterior do Jatene. Não foi boa, mas foi menos pior do que a experiência que tivemos com o governador Almir Gabriel. Foi na gestão do Jatene que entramos na era do acordo coletivo e das negociações, mas eu espero que ele tenha mudado sua concepção e entenda que nós temos que ser considerados como investimentos, em vez de gastos”, diz o coordenador geral do Sindsaúde, Ribamar Santos.
Ele lembra ainda das promessas de campanha de Simão Jatene. “Ele falou, discutiu amplamente a saúde como prioridade. Tomara que mantenha essa posição, implemente o plano de cargos e carreiras, mantenha a mesa setorial que temos hoje, que nos permite discutir, junto ao governo, relações e condições de trabalho, além de vantagens. Não tivemos perdas salariais no governo de Ana Júlia, mas sabemos que haverá cortes no orçamento de 2011 e tememos que escolham o servidor público como alvo desses cortes. Foi assim nas vezes anteriores. Nossa database é em abril, e já no fim de janeiro lançaremos nossa campanha salarial pedindo ganho real acima da inflação. No último governo de Jatene, ele priorizou algumas categorias, não fez um reajuste linear. Queremos manter o diálogo para saber como ele vai agir dessa vez”, detalha Santos. (O Liberal)
