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segunda-feira, dezembro 15, 2025
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4,5 mil hectares de floresta são ameaçadas por incêndio em São Félix do Xingu

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Agentes trabalham para conter fogo em área de preservação no sudeste do Pará. (Foto: Divulgação/Ibama)

Em São Félix do Xingu, sudeste paraense, mais de 4,5 mil hectares de floresta foram salvas do fogo em ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Entre entre primeiro de julho e 26 de setembro, o instituto controlou 32 incêndios no interior da Área de Proteção Ambiental (Apa) Triunfo do Xingu.

A unidade de conservação de uso sustentável é a prioridade do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) no município de São Félix, que registrou 2.422 focos de calor no mês passado, auge da estiagem.

Nas localidades de Soldadinho e Falcão, a 60 km de São Félix e já na área protegida, 14 brigadistas do Prevfogo detiveram o avanço do fogo em um dos mais importantes mosaicos de fragmentos florestais da região. “A rápida mobilização da brigada e a ajuda de moradores locais foi fundamental para impedir maiores danos”, comemorou o coordenador do Prevfogo no Sudeste do Pará, Diego Guimarães, após 11 dias de combate na área de difícil acesso, entre 15 e 26 de setembro.

O mosaico abriga espécies raras da fauna ameaçadas de extinção, como macaco-aranha-de-cara branca, arara-azul-grande e onça-pintada.

Queimadas ilegais procadas por fazendeiros ameaçam floresta

O Prevfogo atua no município com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente de São Félix. O objetivo é evitar que as florestas mais preservadas da Apa sejam atingidas pelas queimadas. Em tempo seco, as chamas facilmente se espalham nos pastos, que dominam a paisagem do entorno da unidade, e atingem as matas. Com mais de dois milhões de cabeça de gado, São Félix possui hoje o maior rebanho bovino do país.

A ausência de medidas de prevenção, segundo o Prevfogo, aumenta o risco de perda de florestas por fogo. “Os aceiros entre as propriedades, ou entre pastagens e florestas, poderiam diminuir muito os danos ao meio ambiente. Mas eles nunca são construídos nas propriedades”, afirma Diego. Para o analista ambiental, a falta de cuidado muitas vezes é proposital. “Há casos de fazendeiros que potencializam os danos, ao queimar o entorno dos fragmentos de mata, alegando que fazem contra-fogo. O contra-fogo em áreas de floresta não é recomendado, pois tem uma ação mais danosa, sobretudo à fauna, do que o incêndio em curso”, explica ele. (G1)

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