Dos 52 blocos localizados em três bacias envolvendo áreas do Maranhão, colocados na 11a Rodada de Licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), realizada nesta terça-feira (14), no Rio de Janeiro, 41 foram arrematados, o que foi considerado um sucesso pleno pelo secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, que representou o Governo do Maranhão no evento.
Ricardo Guterres apresentará um relatório detalhado dos resultados para a governadora Roseana Sarney. Participaram, também, da rodada, empresários de diversos países; o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, entre outras autoridades, além de 160 jornalistas credenciados de vários estados e países, como Índia e Estados Unidos.
Para Ricardo Guterres, o sucesso do leilão, para o Maranhão, representará uma profunda transformação na economia maranhense. “Com certeza, haverá outro Maranhão, reconhecido como grande produtor de petróleo e gás”, comemorou o secretário.
Ricardo Guterres destacou os novos tempos para economia do Maranhão e Piauí. Ele afirmou que os municípios mais beneficiados receberão muitos investimentos indiretos nos próximos anos em setores como o hoteleiro. “É um campo de trabalho, oportunidades de negócios e empregos que se abrem para vários municípios do Maranhão”.
O Maranhão foi o único estado com oferta na rodada de áreas em três bacias sedimentares, sendo duas no mar, Pará-Maranhão e Barreirinhas, e uma em terra, a do Parnaíba, que juntas totalizam mais de 35 mil km2.
Nas três bacias com áreas no Maranhão, serão investidos, nos próximos cinco anos, R$ 2,3 bilhões. Só o arremate representou bônus total de R$ 986.836.101,00 pagos por nove empresas e consórcios (OGX, Petra Energia, Ouro Preto, consórcio Petrobras/Petrogral, Sabre, BG Energy, BP EOC, Chariot e consórcio Queiroz Galvão/Pacific Brasil).
Todos os 20 blocos ofertados na Bacia do Parnaíba foram arrematados, sendo nove pela Petra Engenharia (4 no Maranhão e 5 no Piauí), quatro pela OGX (2 no Maranhão e 2 no Piauí), quatro pelo consórcio Petrobras/Petrogal (4 no Piauí), duas no Piauí pela empresa Ouro Preto e um pela Sabre, também no Piauí. Fizeram oferta, mas não arremataram blocos, as empresas Imetame e Geopark.
O valor de arremate na Bacia do Parnaíba foi de R$ 119.402.294,00 milhões, sendo R$ 47.600.126,00 no Maranhão. Os investimentos totais nos próximos cinco anos são de R$ 777.656.200,00, sendo R$ 315.058.000,00 no Maranhão.
Bacias
Na Bacia de Barreirinhas, dos 26 blocos ofertados, 19 foram arrematados. A BG Energy ficou com 10; Chariot com quatro; OGX com três; BP EOC com uma; e Ouro Preto com uma. O valor do arremate foi de R$ 786.954.616,00, com investimentos previstos de R$ 1.451.769,000,00. Fizeram ofertas e não arremataram as empresas Premier Oil, Shell, Repsol e Statoil.
Na bacia Pará-Maranhão, dos seis blocos ofertados, dois foram arrematados pelo consórcio Queiroz Galvão/Pacific Brasil, com bônus de R$ 80.479.191,00 e investimentos previstos em cinco anos de R$ 167.348,000,00.
Leilão
A vibração em torno do sucesso do leilão causou emoção aos presentes que, na avaliação Magda Chambriard, ocorreu em dentro de total transparência. A sessão pública da rodada foi transmitida via internet e acompanhada por cerca de mil pessoas concentradas em um auditório central e, por meio de telões, em outros locais.
O ministro Edison Lobão chamou a atenção para a Bacia do Parnaíba, que deverá se destacar, novamente na 12a rodada prevista para ser realizada em outubro, quando terá, novamente, blocos ofertados.
Saiba mais
Foram ofertados no leilão desta terça-feira (14), 289 blocos em 23 setores para exploração de petróleo e gás natural, cobrindo 155,8 mil km², distribuídos em 11 bacias sedimentares localizadas em 11 estados, sendo 10 no Norte e Nordeste.
O total de bônus arrecadados foi de R$, 2,8 bilhões de 142 blocos arrematados, dos 289 ofertados, em um leilão que seria realizado em dois dias, mas que pode ser realizado de 9h às 17h. Os investimentos projetados totais são de R$ 7 bilhões.




